terça-feira, 13 de maio de 2008

Adoção: Abrindo novos caminhos para a maternidade e paternidade.




A maioria das pessoas- tanto homens quanto mulheres- possui dentro de si o desejo de ter filhos, de poder continuar existindo através de um outro que o represente.

Porém, não necessariamente, isso tem a ver com continuidade genética, já que é possível também se fazer existir por meio de valores e atitudes passados a uma criança com a qual não há laços consanguíneos.

Nem todas as famílias possuem uma configuração na qual há continuidade genética, uma vez que, as relações parentais que se formam nas famílias adotivas são baseadas fundamentalmente em laços de amor que unem seus membros.

A palavra “adoção” significa cuidar, considerar, se apropriar; é também o ato de dar um lar a crianças que não puderam ser criadas por seus pais biológicos; e significa ainda, dar a possibilidade de ter filhos à pessoas que tiveram problemas com a fertilidade ou que optaram por cuidar de crianças sem ter laços biológicos.

No caso de casais com dificuldade de gravidez, nota-se que a adoção surge como uma outra porta que pode ser aberta a caminho da maternidade e paternidade. No entanto, para que essa porta possa se abrir, é necessário que o luto pela perda do filho biológico possa ser vivenciado.

Não há como adotar uma criança, de forma saudável, sem se passar pelo processo de aceitação e elaboração da infertilidade, pois é justamente após esse processo que o casal pode, aos poucos, abrir espaço emocional para a chegada do filho de uma outra forma, diferente da idealizada, mas uma forma possível e não menos satisfatória.

Faz-se relevante destacar também, que o desejo de ajudar uma criança não é suficiente para que a adoção se dê, pois não estamos falando de um ato de amor ao próximo e sim, da constituição de uma família, dentro da qual é necessário que essa criança tenha um lugar de filho, assim como qualquer filho biológico. A criança adotiva precisa se sentir escolhida e desejada por seus pais.

Portanto, a adoção sempre implicará em tomar para si algo que antes era estranho e que, com o tempo, poderá se tornar muito familiar. Coloco para finalizar uma questão: Muitas mulheres não conseguem adotar os próprios filhos, será que são mães?

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